sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Como está seu viver diário

O texto a seguir, não é de minha autoria. Ele traz uma forte reflexão do mundo atual. É um texto de linguagem fácil de ser compreendida, porém, às vezes, tão díficil de ser aplicada no nosso dia-a-dia.

Certa vez, quando ainda nem exista internet, um professor do colegial disse que, chegaria um tempo que as pessoas ficariam tão individualistas por conta da informática.

É verdade que o mundo evolui, porém, o que vemos hoje é, que as pessoas estam sozinhas no meio da multidão. Basta olhar para as mesmas que estam no metrô, ônibus, no serviço...
...ou estam concentradas lendo um livro, um jornal, ou ouvindo música, ou mexendo no celular, ou olhando p/ tudo o que se passa ao seu redor, menos para a pessoa que está sentada ao lado.

Sempre gostei de ouvir as histórias de pessoas de idade. Pois, o que a maioria diz é que sente saudade da união das famílias. Depois do jantar, todos puxavam suas cadeiras e, em circulo prozeavam, riam, choravam juntos... Hoje, raramente, vemos as famílias se reunirem pelo menos uma vez por mês que seja e, abrirem mão das baladas, das festas, das viagens p/ ter um tempo com a família.

Outro dia, numa reportagem sobre relacionamentos, o entrevistador citou um caso de um garoto. Este, fala a beca no Msn, Orkut...tem muitos amigos virtuais. É considerado o cara da Net! O Bam Bam Bam! Porém, pessoalmente, o cara é tímido tímido e tímido. Não sabe olhar nos olhos dos outros, não sabe sorrir, não saber ser tão extrovertido como parece ser na Net.

Éhhh minha gente, precisamos olhar mais para as pessoas e deixar de olhar para o nosso próprio umbigo.

Segue texto:




Muitos trabalham durante ano no mesmo ambiente e nunca surpreendem seus colegas de trabalho. Não sorriem, cumprimentam ou abraçam de um modo diferente. São formais. Precisam de emoção, mas não sabem surpreender. Esse comportamento rígido afeta as relações sociais, mas também o desempenho profissional.

Você já pensou que muitos colegas de trabalho gritaram sem dizer palavras, gritaram com os gestos, querendo demonstrar que estavam sofrendo, mas você nunca conseguiu ouvir a voz desses gestos? Talvez, atarefado e com milhares de informações na cabeça, nem tenha tido tempo para tal percepção.

Vivemos na era da informática e, infelizmente, estamos nosrobotizando. Nunca tivemos acesso a tantas informações, mas não sabemos o que fazer com elas. A maioria delas é inútil, não se transforma em conhecimento e experiências. A criatividade está cambaleante.

Para dar soluções aos desafios do mundo globalizado é necessário ser flexível, versátil, abrir o leque da inteligência. Os desafios geram medo e não sentimento de aventura. O novo causa pânico. Estamos nos tornando escravos de estímulos programados.

Raramente as pessoas saem da rotina. Já pensou em dar uma caixa de bombons para o guarda que está fazendo a segurança da sua empresa ou para o zelador do seu prédio e dizer que ele é muito importante para você? Ele nunca mais o esquecerá, pois você o surpreendeu. Você será tão caro para ele, que talvez seja capaz de correr riscos se você estiver em perigo. Não há como romper o individualismo sem libertar a criatividade afetiva.

Muitos, ao entrarem num elevador, em vez de olhar para o rosto das pessoas, cumprimentá-las e estabelecer um pequeno diálogo, fixam-se no número dos andares. Não sabem onde pôr a cara. É duro passar aqueles segundos. Que espécie é essa que detesta a solidão, mas faz tudo para cultivá-la?

Fonte: CURY,Augusto. 12 Semanas para Mudar Uma Vida. Planeta. 2.ed - São Paulo: Editora Academia de Inteligência, 2007. pp.75 à 76.

5 comentários:

Raquel Reckziegel disse...

É o ser humano se tornando uma máquina... vivemos por demais centrados em nossos próprios umbigos e nos surpreendemos quando alguém "estoura", sem nos darmos conta de que a pessoa havia dado inúmeros sinais de que estava descontente.

Bruna disse...

hoho minha querida...

maravilhoso o texto mesmo!!

estamos mais alienados do que uma televisão...

não posso falar muito, pq as vezes ajo assim tbm...!!


beijooooooo

Anônimo disse...

COncordo om a Raquel!

=D

Pri C. Figueira disse...

Bahhhh, é a mais pura verdade!!!!!
Lendo esse texto fiquei pensando em todas as situações em que estamos em meio a tantas pessoas e não conseguimos perceber nada ao nosso redor... Estamos presos ao nosso mundinho e é só ele que importa!
Meu Deus, que horror, é uma triste constatação!!

Sejamos nós diferentes!!!

Bjs... bom final de semana!

Lilian Pavan disse...

Raquel: sua observação foi perfeita ao citar "nos surpreendemos quando alguém estoura..." Pois, na verdade, ela já estava gritando a muito tempo.

Bruna: Precisamos ter mais sensibilidade para com o próximo.

Uerlle: Eu também concordo.

Pri: Tudo isso é reflexo da falta da qualidade de vida no ser humano.